Latem, Sancho, sinal que cavalgamos
2007 foi o melhor ano da história do turismo no Brasil. Apesar de todos os problemas, particularmente o da valorização do Real, mas também da quebra da Varig e os atrasos nos aeroportos, o fluxo do dinheiro em divisas deixados pelos turistas no Brasil bateu todos os recordes.
Imagino como seria se alguns dos articulistas anti-petistas, esses de "rabo preso" com o tucanato e alérgicos a operário metalúrgico presidente, fossem Ministro de Turismo e falassem aqui e lá fora, as sandices que aqui escrevem.
Por exemplo a desbocada Barbara Gancia, aquela do insulto e o adjetivo fácil, que vomita regularmente no jornal Folha de São Paulo e que tem a Marta entalada na garganta (segundo ela disse, mas eu penso que não é só, pelo nobre motivo que Marta fez um túnel que obrigou os carros a ir na rua dela. Como se vê alto interesse público na motivação)
No jornal ela lança hoje mais uma diatribe contra Marta, que mal esconde o ódio pessoal e a inveja, mais que divergência ou discordância.
Se ela ministra fosse (mas por enquanto esse risco o Brasil não corre), ela iria dizer nos foros internacionais o que ela e uma parte da mídia repete incansavelmente, mas que como mostram as pesquisas, o povo não compra. A saber que o país vive um apagão aéreo, dobrado de um apagão elétrico. Que sofremos uma epidemia de febre amarela, mas que não adianta vir vacinados pois os turistas vão enfrentar taxas de homicídios de outro planeta. Que salvo a cidade de São Paulo, cidade limpa como todos sabem, onde a taxa de homicídios (particularmente nos jardins, pinheiros e a rua de Barbara Gancia) são as mesmas de Paris, melhor se abster de circular no resto de nosso paraíso tropical.
Por isso ela está arrepiada perante o fato que a Ministra de Turismo do Brasil em recente entrevista na capital espanhola, disse que não tem epidemia de febre amarela e que somente as pessoas que forem para regiões de risco devem ser vacinadas. Disse também que os problemas encontrados com o tráfico aéreo estão em vias de solução, mas que não são piores que os enfrentados pelos aeroportos de Londres ou JFK em New York. Afirmou também que se é verdade que a violência existe, pelo menos no Brasil não tem terrorismo, nem ameaças desse tipo, como tem França, Inglaterra e Espanha, por exemplo. Que aqui não tem terremotos, nem tsunamis, mesmo se parte da mídia gostaria muita vezes uma boa tragédia (isso a ministra não diz, pena). Resumindo, defendeu o Brasil e mostrou que o Brasil vale a pena ser visitado e conhecido.
Ela disse também, para desespero de tucanos e Gancias da vida, que nunca antes na história deste país um presidente teve o prestigio e reconhecimento do nosso operário metalúrgico e que isso, reforçando a imagem positiva do Brasil no exterior, ajudava muito o crescimento do turismo.
Porque defender o Brasil, defender o turismo no Brasil, é contribuir para preservar e aumentar o emprego e a renda de milhões de brasileiros, em particular dos mais pobres.
Para os colonistas* é inaceitavél.
Luis Favre
*Paulo Henrique Amorim adotou, no seu Blog " Conversa Afiada", o termo de "colonista". Segundo ele, trata-se de essa legião de “colonistas”/especialistas que expõem as idéias do patrão como se fossem suas.
Se refere a “colônia”, dá a idéia de pessoa “colonizada”, submetida ao pensamento hegemônico que se originou na Metrópole e se fortaleceu nos epígonos coloniais.
Epígonos esses que, na maioria dos casos, não têm a menor idéia de como a Metrópole funciona, mas a “copiam” como se a ela pertencessem.
Nos países latino-americanos de língua espanhola utiliza-se também o termo espanhol "cipayos".
3 comentários:
Em 2004 eu dava palestras e cursos de redação em vários CEUS e via como as mães e as crianças adoravam a Marta por lá. As crianças se orgulhavam em dizer que a conheciam pessoalmente e invariavelmente diziam: - Ela é muito mais bonita do que aparece na televisão. Me lembrei disso ao ler esse artigo e pensando não só na beleza física, mas no conjunto da obra, tenho que concordar com as crianças: a Marta realmente é muito mais bonita do que a televisão mostra.
DEPOIS QUE LI ESTE ARTIGO FUI LER O ARTIGO DA BARBARA GANCIA E ESCREVI ESTE E-MAIL PARA O OMBUDSMAN DA FOLHA, A QUEM MUITO ADMIRO.
Prezado Mário Magalhães
Não leio mais a Folha, mas fui ler o artigo de hoje da Bárbara Gancia, depois de ler o que o Luís Favre diz sobre ela em seu blog.
Gostaria de saber se o Manual de Redação da Folha, não coloca nunca limites para o nível de baixaria do linguajar de seus articulistas e também se a referida jornalista acha que uma Ministra do Trabalho deve ir para o exterior com a finalidade de dizer que não venham ao Brasil, porque o país é muito violento e aqui correriam risco de vida.
O modo como a articulista escreve me lembra a rebeldia sem causa de certos delinqüentes juvenis oriundos de família de classe média alta, que não colocam jamais qualquer limite em seus rebentos e permitem que eles saiam por aí queimando índios e coisas semelhantes.
A comparação com os adolescentes se faz necessária, porque não me parece que um adulto escreveria de forma tão espontânea e privada sobre alguém que, afinal, é ministra de seu país.
Se ela estivesse em sua sala conversando com amigos, vá lá, mas não é este o caso aqui.
Eu até entendo que a jornalista seja uma enfant gatè, mas um jornal da importância deste aceitar suas traquinagens, fica difícil de entender.
Sylvia Manzano
Não leio o blog do Paulo Henrique Amorim desde que percebi sua total subserviência aos seus "bispos patrões". Não dou a ele nenhuma credibilidade. Ele é o próprio "colonista" a quem tanto critica. Mas quero deixar claro que esta minha crítica não se estende a todos os jornalistas da TV Record, já que o íntegro e sempre corretíssimo Marcos Hummel faz parte dessa equipe. Pena haver tantos paulos henriques amorins soltos pela mídia!
Délia Guelman
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