terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

LEITURAS FAVRE

ESTE BLOG MUDOU PARA NOVO ENDEREÇO

Clique no link LEITURAS FAVRE e será redirecionado, na nova página marque o Blog em seus favoritos.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

A partir de agora em novo endereço

Faça como Barbara Gancia, leia o que eu escrevo, agora no IG

Coincidentemente com o fato da jornalista Barbara Gancia ter qualificado este espaço de "desconhecido blog" e também "blog semi-clandestino", agora meu blog passa para um novo endereço, com novo visual e espero menos desconhecido.

Um novo desafio, no portal IG, para continuar com minhas leituras e minhas opiniões.

Minha resposta ao artigo de Barbara Gancia hoje, você encontrará no meu novo blog e talvez na própria Folha de São Paulo, já que solicitei para minha resposta o mesmo espaço usado pela articulista da Folha para me atacar, .

Clique no link Leituras Favre

Ou copie o endereço:
http://blogdofavre.ig.com.br/

Coloque o Blog nos seus favoritos.

Encontro você lá

Ombudsman da Folha insinua parcialidade

Ombudsman Folha ombudsman.jpg

MÁRIO MAGALHÃES
ombudsman@uol.com.br

Pensamento único

O Painel do Leitor tem quatro cartas sobre cartões. Todas no mesmo tom.

Seria muito mais interessante se contemplasse opiniões diversas, mantendo-se como espaço plural de idéias.

Cartões paulistas?

Leitores indagam se a Folha não publicará reportagem sobre o uso de cartões corporativos no governo de SP.

Esses cartões existem? Se existem, evidentemente que há interesse público, portanto jornalístico, em saber sobre eles.

Folha: é de São Paulo

A propósito, há dias, como hoje, que a Folha simplesmente ignora o Executivo paulista.

É um desserviço aos leitores.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Maquiagem

Queda de homícidios em São Paulo ou dados maquiados?



Gilberto Dimenstein, editor da Folha de São Paulo e cronista na CBN, não é um jornalista simpático ao PT, por isso ganha relevância a denúncia de maquiagem dos dados com homícidios feitas nos governos Alckmin e Serra.
Disse Dimenstein:
"A Folha informou que cerca de 17% das mortes violentas registradas pelo Instituto Médico Legal de São Paulo em 2005 foram classificadas
como indeterminadas, ou seja, não podiam engrossar a estatística dos homicídios.
O que provoca suspeita é o fato de que essa percentagem de mortes não
definidas do IML já ter sido bem mais baixa, no final da década de 1990, quando se inicia a acentuada queda dos homicídios. Não estão computando os assassinatos para que fiquem na condição de mortes indeterminadas? Se isso estiver mesmo ocorrendo, afetaria o índice geral? É um problema do IML ou da policia que não
investiga?"
Dimenstein foi investigar esses gravíssimos fatos e obteve... silêncio.

"Conversei com técnicos da Secretaria da Segurança em busca de explicações, mas não consegui desfazer as suspeitas. Imaginei que obteria respostas rápidas e até simples sobre desvios metodológicos, mas não foi o que aconteceu. Não confirmaram o erro, mas não se sentiram em condições de negar. Pedi uma palavra oficial sobre os dados, sem resultado."
Nas palavras de Dimenstein, se confirmada a maquiagem "estaremos diante de uma das maiores empulhações oficiais dos últimos tempos."

Resumindo: a medida que os dados oficiais sobre homicídios no Estado de São Paulo iam caindo, paralelamente iam subindo os dados de mortes indeterminadas A suspeita é que a PM era incentivada a prencher o dado do jeito a favorecer a aparente queda, em benefício da propaganda tucana no Estado.

Como Dimenstein não obteve resposta, a coisa ficará por aí. Nem a mídia insistirá no esclarecimento, nem CPI alguma investigará a eventual "empulhação". LF

Errata

Esta aparentemente errada a cifra de R$ 150 milhões gastos com Cartões corporativos do governo federal em 2007 que figura no meu post Coerência. Segundo o jornal O Estado de São Paulo esses gastos em 2007 foram de 75,6 milhões.

Os gastos do governo estadual de São Paulo com os cartões foram, segundo Paulo Henrique Amorim, de 108 milhões. Deste total, segundo Paulo Henrique Amorim, 44,56% foram em dinheiro tirado do caixa e não 48% como eu escrevi no meu post Coerência. LF

Coerência


De duas coisas, uma: ou o portal Transparência, do governo federal, publica os gastos com os cartões corporativos para que a população e a mídia fiscalizem e coíbam o mau uso dos mesmos, ou o portal era só demagogia.

Por isso não compartilho da opinião dos que vêem na ação da mídia uma campanha de desestabilização do governo.

Tenho escrito aqui que a mídia inventou uma "epidemia" de febre amarela, provocando pânico na população e os fatos mostraram que lamentavelmente o intuito da mídia era claramente político. A mesma coisa com o suposto "apagão" elétrico, apregoado como um fato durante mais de quinze dias pela mídia contra o governo e que agora sumiu do noticiário.

No caso dos cartões ela estaria agindo igual?

O governo federal gasta 150 milhões por ano com esses cartões. Se eles facilitam o controle e a fiscalização, porque cobrar dos que controlando e fiscalizando indicam uso errado ou desvio, quando ele existe?

No que, o fato do governo estadual de José Serra gastar mais de 100 milhões com cartão corporativo, diminui eventual gasto incorreto de algum membro do governo federal? A questão não é quanto gasta o governo federal com os cartões, nem quanto gasta o governo estadual com eles. Mesmo que os gastos federais com os cartões diminuíram em relação a época dos tucanos. A questão é da natureza do gasto, sua pertinência com relação a lei.

Teve uso errado ou tem ilícitos no uso dos cartões do governo federal? Neste caso cabe a denúncia. O mesmo em relação ao governo estadual. Por enquanto a Ministra Matilde Ribeiro apresentou sua demissão reconhecendo ter usado de maneira errada o cartão. Do governo estadual nada foi denunciado, nem apurado e nenhum erro foi indicado.

Não vejo com bons olhos os que procuram defender o governo federal argüindo do fato que quase a metade dos gastos dos cartões corporativos do governo tucano de São Paulo foram retirada em dinheiro, na boca do caixa, o que dificulta o controle dos gastos. Como se uma insinuação contra os adversários, compensasse as insinuações contra o governo Lula.

Nada contra, no caso de uma CPI, incluir os gastos anteriores ao atual governo. Incluso porque é bom lembrar que teve ministro de FHC que usou avião da FAB para levar a familia passear em Fernando de Noronha.

Entretanto, não vejo necessidade de CPI, na medida em que os gastos estão contabilizados e documentados e que existem organismos, desde a CGU até o Ministério Público, além da brigada financeira da PF, para apurar qualquer desvio ou ilegalidade. Mas o presidente Lula decidiu que uma CPI permitira mostrar mais claramente a lisura do governo.

Volto a repetir, que o governo faça uma CPI, que a oposição demo-tucana queira surfar nos fatos, recusando toda e qualquer CPI sobre o mesmo tema no governo estadual tucano, não significa que a procura de transparência nos gastos federais e estaduais seja incorreta.

A mídia e a população tem direito sim de saber se tal ou qual ministro ou funcionário usou o cartão corporativo para pagar uma viagem privada, ou beneficiar indevidamente amigos, correligionários ou parentes. Como teria também o direito de saber se o governador de São Paulo, que foi pular o carnaval no camarote do governador de Rio e depois viajou para visitar sua filha em Trancoso, na Bahia, usou o jatinho do governo estadual ou avião de carreira pago pelo próprio bolso.

Trata-se de uma cobrança e fiscalização legitima, valida para qualquer governo, de qualquer partido, e que a mídia deve exercer com liberdade e sem cerceamento nenhum. Sempre com o mesmo rigor, com o mesmo equilíbrio e a mesma sobriedade.

Talvez esse rigor, equilibro e sobriedade faltem. Nosso dever como cidadãos é exigir esta conduta da própria mídia, se vier a falhar.

Vamos aguardar.

Luis Favre

FONTES


  • O gasto de R$ 150 milhões por ano com Cartões do governo federal foi publicado em todos os jornais, assim como o reconhecimento do erro pela então ministra Matilde Ribeiro. Os gastos superiores da época tucana no governo federal, são do blog Entrelinhas.
  • O gasto de R$ 100 milhões com Cartões do governo estadual de São Paulo, dos quais 48% em dinheiro liquido, foi publicado pelo Conversa Afiada de Paulo Henrique Amorim.
  • A viagem do governador Serra a Rio foi noticiada por todos os jornais e a visita no mesmo carnaval, à filha, em Trancoso, na coluna de Sonia Racy, no jornal O Estado de São Paulo.

O mistério da origem da música

Fernando Reinach*

O Estado de São Paulo

Do ponto de vista evolutivo, o simples fato de a música existir é um mistério. Que vantagem adaptativa justifica seu aparecimento e manutenção ao longo de milhões de anos? Apesar de ainda não termos uma boa explicação, em seu livro mais recente Oliver Sacks fornece algumas pistas importantes. Analisando pacientes com diversos tipos de distúrbios relacionados à música, Sacks mostra como ela está relacionada à linguagem e ao pensamento lógico.

É fácil imaginarmos como o aparecimento da linguagem foi selecionado ao longo da evolução. Ela permite a cooperação entre os membros da espécie, facilitando a organização social. Mas a música é um caso à parte. Por que nossa capacidade de escutar, apreciar e criar música foi selecionada, se não cantamos para atrair parceiros sexuais ou para obter alimentos? Qual seria a função original de nossas habilidades musicais?

Sacks demonstra que a capacidade musical de nosso cérebro é muito mais extensa que a observada na maioria das pessoas. Diversos experimentos sugerem que as crianças nascem com ouvido absoluto (capacidade de reconhecer tons musicais independentemente do contexto em que se apresentam), mas perdem a habilidade com o desenvolvimento da linguagem. Crianças educadas em línguas em que a tonalidade é importante, como idiomas orientais, têm uma maior probabilidade de manter seu ouvido absoluto até a idade adulta. Também é sabido que pessoas que perdem a visão muito cedo desenvolvem uma maior sensibilidade musical.

Analisando dezenas de exemplos desse tipo, Sacks demonstra que muito provavelmente o aparecimento da nossa capacidade lingüística, há milhões de anos, foi responsável pelo cerceamento de nosso potencial musical - parte do qual ainda podemos recuperar por meio da educação.

Analisando uma série enorme de pacientes com distúrbios neurológicos, Sacks demonstra que o recrutamento das habilidades musicais pode, em muitos casos, ajudar na reorganização da mente de pacientes com distúrbios da fala e amnésia. A capacidade musical nesses casos parece ser um coadjuvante na organização de diversas atividades mentais que envolvem ritmos ou atividades repetitivas, como andar, contar ou enumerar dados. Talvez tenha sido essa a função das habilidades musicais na sua origem.

As observações de Sacks sugerem que, no passado distante, o ser humano utilizava de maneira extensa sua capacidade musical para organizar atividades mentais hoje organizadas por meio de outros mecanismos, como a linguagem e o pensamento lógico.

Se isso é verdade, fica fácil imaginar como essa capacidade teve papel importante na estruturação de nossas atividades cerebrais e por que foi selecionada durante a evolução.

O mais impressionante é imaginar que a nossa musicalidade atual nada mais é que os resquícios de uma capacidade mental que possuíamos e que perdemos quando a linguagem e o raciocínio lógico dominaram nosso universo mental. O universo mental em que vivíamos na época em que a música reinava livre em nosso cérebro é difícil de imaginar e impossível de reviver. Os remanescentes “arqueológicos” dessas habilidades é o que observamos em gênios como Mozart ou nos pacientes de Sacks. Essa hipótese é, no mínimo, intrigante.

Mais informações em Musicophilia: Tales of Music and the Brain, de Oliver Sacks, editora Alfred A. Knopf, Nova York, 2007.

*Biólogo - fernando@reinach.com


Ministra do Turismo assina convênio para aeroporto em Guarujá

martaguaruja2.jpg
A Ministra do Turismo esteve em Guarujá para anunciar investimentos.
A maior parte será destinada ao projeto do Aeroporto.

O Globo

Marta: dinheiro para aeroporto no Guarujá

A ministra do Turismo, Marta Suplicy, anunciou ontem no Guarujá, litoral Sul de São Paulo, o repasse para empenho de investimentos de R$ 4,4 milhões para a reforma do Aeroporto do Guarujá e para obras na Praia do Tombo, que deve ser incluída entre as 3.300 praias e marinas do mundo com um certificado que atesta condições perfeitas de balneabilidade.

— Essa região é estratégica, e todos os setores são beneficiados com investimento em turismo — disse ela, que não respondeu quando perguntada se pretendia se encontrar com o presidente Lula, hospedado a menos de dois quilômetros do local onde estava.

Marta disse que o ministério tem trabalhado para apresentar aos turistas estrangeiros as melhores opções de passeio, de acordo com a região. Este mês, anunciou a ministra, os jogos do campeonato brasileiro passam a ser transmitidos aos países árabes, e o ministério fechou parceria para divulgar imagens turísticas do Brasil antes das partidas de futebol.

Tribuna de Santos

A Ministra do Turismo Marta Suplicy esteve em Guarujá na tarde desta quarta-feira para anunciar investimentos na Cidade. A maior parte dos recursos, de R$ 4 milhões 400 mil, é destinada ao projeto do Aeroporto Civil Metropolitano. “Temos o plano de liberar esse recurso até o final do ano para que toda a Baixada Santista possa se beneficiar desse aeroporto civil”.

De acordo com o prefeito Farid Madi, parte da verba já havia sido liberada. “Nós tivemos R$ 1 milhão liberados no final do ano passado. E, agora, mais R$ 3 milhões. No total, são R$ 4 milhões apenas para o aeroporto. Isso permitirá o início das obras para a implantação desse projeto”.

Entretanto, para o aeroporto se tornar realidade, a Prefeitura ainda aguarda um resultado de uma emenda parlamentar que está em tramitação na Câmara dos Deputados. “Uma emenda da bancada paulista de R$ 22 milhões para recursos para a obra dos aeroportos”.

A ministra também assinou convênio para a liberação de R$ 400 mil que serão utilizados nas obras de infra-estrutura da praia do Tombo, um dos cartões postais do município. Com o repasse, a praia poderá obter um certificado internacional. As informações são da TV Tribuna.


MARIA BETHANIA


TRECHO DO SHOW PASSARO DA MANHA.
POEMA DE FAUZI ARAP E MUSICA DE ISOLDA
JEITO ESTUPIDO DE TE AMAR

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Modigliani

Nunca tuvo un techo estable. Vivió eternas noches de desenfreno etílico. Pero fue, según Picasso, “el único en París que sabía vestir”. El Thyssen le dedica una de las más atractivas exposiciones del año.

modigliani3.jpg

modigliani_foto.jpg

EL PAÍS

En 1950, Jean Cocteau publicó un pequeño libro sobre Amedeo Modigliani, de quien el escritor francés había sido amigo y modelo en los días parisienses en torno a la I Guerra Mundial. Semblanza personal y breve recuento de la peculiar manera del pintor toscano-sefardí afincado en Francia, llama la atención en ese texto, como en otras significativas anotaciones de los diarios de Cocteau, el lamento económico.

Aunque toda su vida fue un dandi muy gastador y a menudo subvencionado por generosos mecenas, Cocteau insiste en contar en 1950 cómo el retrato al óleo que le hizo Modi en 1916 tuvo que quedarse depositado en la bodega del café La Rotonde, no teniendo ni Jean ni Amedeo el dinero para trasportarlo en un taxi. El dueño del famoso lugar de reunión de los artistas de Montparnasse, después de guardarlo durante años sin prestarle atención, un día se desprendió de él. Y añade Cocteau: “En 1939 se vendía por siete millones en Inglaterra”, pero dos dé­cadas antes, en los años de la bohemia, “no nos preocupábamos de las consecuencias de nuestros actos. Ninguno de nosotros vivía bajo el ángulo histórico. Tratábamos de vivir, y de vivir juntos”.

Dedo, como también se le llamaba familiarmente a Modigliani, ni se acogió al ángulo histórico, ni tuvo en su corta vida un techo estable y saneado. La pobreza del pintor es tan definitoria como su alcoholismo, y ambas condiciones no menos significativas que las narices y los cuellos alargados de las figuras de sus lienzos. También dandi a su manera, y muy presumido (aparte de apuesto), la miseria de Amedeo se compaginó siempre con una desastrada elegancia: chaquetas de terciopelo (con rozaduras y lamparones), fulares rojos estilo Garibaldi, sombreros de ala ancha. De creer a su amigo el poeta Max Jacob, Dedo fue el primer hombre que llevó una camisa de cretona, mucho antes de que esa moda se extendiera por el mundo, y, según el propio Jacob, Picasso le dijo en cierta ocasión: “El único en París que sabe vestir es Modigliani”.

Orgulloso, irascible, más fiel en la amistad que en el amor, Modi tuvo un modo aristocrático de decir que no: mientras que varios de sus colegas necesitados (como Brancusi) fregaban platos en los restaurantes o descargaban fardos en los muelles, él rechazaba no sólo cualquier tipo de labor que le apartase del arte, sino, en más de una ocasión, la venta de sus obras a quienes mostrasen ignorancia o mera ansia comercial (algo que evoca, por cierto, con gran elocuencia la escena de los millonarios norteamericanos de la gran película de Jacques Becker Los amantes de Montparnasse, donde la trágica pareja formada por Amedeo y Jeanne Hébuterne la interpretan Gérard Philipe y Anouk Aimée).

modigliani.jpg

La exposición que ahora se abre, organizada por el Museo Thyssen-Bornemisza y la Fundación Caja Madrid, lleva el título Modigliani y su tiempo, siendo las intenciones de su comisario, Francisco Calvo Serraller, no sólo presentar, naturalmente, una sustancial muestra de la obra de Modigliani, sino localizar su arte, cosa a mi modo de ver tan apropiada como fascinante. En cada una de las nueve secciones que ocuparán los espacios de la Casa de las Alhajas (maravillosa sede de exposiciones de Caja Madrid) y del Museo Thyssen habrá siempre un diálogo entre sus cuadros, dibujos y esculturas (una actividad muy esencial y tal vez menos conocida de Modi) y la obra de quienes le influyeron, le admiraron, le ayudaron, le soportaron y le acompañaron, algunos más en las farras que en la estima por lo que pintaba. Los nombres de esos inspiradores y acompañantes coetáneos no requieren mayor comentario: Cé­zanne, Gauguin, Toulouse-Lautrec, Matisse, Derain, Brancusi, Picasso, Lipchitz, Soutine, Foujita…, entre muchos otros.

modigliani2.JPG

El de Picasso, sin embargo, sí conlleva un interés añadido, en función de las relaciones, más tenues que intensas, que ambos tuvieron en los escenarios de Montmartre y Montparnasse. Las leyendas de su rivalidad, basadas en relatos novelescos de algunos escritores contemporáneos, tienden a exagerar, aunque algunas son deliciosamente pintorescas. Una de las más difundidas es la que contó Roland Penrose sobre ese día del otoño de 1917 en que Picasso, sintiéndose inspirado a mitad de un bombardeo en Montrouge y no teniendo una tela sobre la que trabajar, tomó un cuadro de Modigliani que había comprado y, tras aplicar a su superficie una capa densa de pintura blanca, pintó encima una naturaleza muerta. El episodio se convierte, por cierto, en el detonante de la grotesca tragedia descrita en la otra película realizada sobre Dedo (y por fortuna apenas difundida en cines), la atroz Modigliani, en la que su director, Mick Davis, toma algunos hechos reales para acomodarlos crudamente a su intención, que es la de hacer de Modi un mártir judío y de Picasso un fantoche taurino y envidioso, tal vez secretamente enamorado del bello Amedeo.

Mucho más perspicaz y típicamente ingenioso es el paralelo que Ramón Gómez de la Serna, otro ocasional parisiense de la época, traza del implícito duelo o recelo que pudo existir entre el desbocado italiano y el astuto genio malagueño, basándose en sus modos tan distintos de estar en los cafés. Describiendo una velada en el ya citado refugio de los artistas montparnos, La Rotonde, escribe Ramón: “Modigliani, borracho y con su amigo de rubios tortillons [moños], armaba un escándalo feroz, y Ortiz de Zárate, con su cara de monstruo, le escudaba cercano. Picasso, bajo su sombrero hongo, procuraba tener tranquilidad y sonreía en las discusiones; ya se veía que iba allí en última temporada para no ser llamado ingrato”.

La desdicha unida a la pobreza (y al alcohol y las drogas) minaron la resistencia de Modi, perjudicando a la vez, por el desorden frenético de su originalísima personalidad artística, el aprecio de sus contemporáneos. Los malditos suelen gustar pasado un tiempo prudencial, que incluye su muerte. Para entonces ya no vomitan, borrachos perdidos, en los vernissages de las galerías, ni replican con insolencia al que no llega tan lejos. Lo curioso, sin embargo, es la calidad circunspecta, incluso apagada, de su pintura, que, surgiendo seguramente de la tormenta, nunca la deja atronar en el lienzo. Su forma de dibujar, dijo Cocteau, era “una conversación silenciosa”. Pocos pintores del siglo XX fueron tan conspicuos en su estilo y tan impermeables al aire de los tiempos (y las modas). Los personajes del mundo Modigliani se parecen, como si el artista se apropiase del alma de los retratados, dándoles a todos la semblanza de su propia y enfermiza melancolía.

No eligió ningún ismo al que ir a acogerse, en el tiempo del cubismo, el futurismo, el expresionismo. Esa suprema arrogancia es la mayor riqueza legada por su extraordinaria obra, aunque no haya impedido las acusaciones de artista retrógrado y la condescendencia conmiserativa a la que también se sumó Gómez de la Serna: “El pobre Modigliani, que se tiró por un balcón y detrás de él su amada, matándose los dos sobre las losas funerarias de la acera”.

‘Modigliani y su tiempo’ se puede ver en Madrid desde el 5 de febrero hasta el 18 de mayo. Museo Thyssen- Bornemisza y Casa de las Alhajas de Caja Madrid.

A mídia francesa de cheio no voyeurismo

A revista Le Nouvel Observateur (poderia virar Le nouvel voyeur) publica o conteúdo de um “torpedo”(SMS) enviado pelo presidente francês a sua ex-esposa uma semana antes de casar com Carla Bruni. O novelão mexicano com sotaque gaules esta virando pastelão.


sms-sarkozy-cecilia.JPG

Le SMS de Sarkozy à Cécilia

“Si tu reviens, j’annule tout”. Voilà le contenu d’un SMS que le chef de l’Etat aurait envoyé à son ex-épouse huit jours avant son mariage.

QUELLE est la part de vengeance et de provocation vis-à-vis de Cécilia dans l’attitude de Nicolas Sarkozy ces dernières semaines et jusqu’à son mariage, samedi dernier ? La bague identique offerte à ses ancienne et actuelle épouses, le voyage à Petra, en Jordanie, là où Cécilia était pour la première fois partie avec le publicitaire Richard Attias, le choix comme témoin de son mariage avec Carla de Mathilde Agostinelli, directrice de la communication de Prada, longtemps amie intime de Cécilia, étaient autant de signes évidents : qu’elle prenne le visage de l’amour ou de la haine, la véritable obsession de Nicolas Sarkozy a été et reste Cécilia Sarkozy, dont le mariage avec Richard Attias est attendu le mois prochain.

On en a maintenant une nouvelle confirmation. Huit jours avant son mariage, le président de la République a adressé un SMS à son ex épouse, en forme d’ultimatum : “Si tu reviens, lui a-t-il écrit, j’annule tout”. Il n’a pas eu de réponse.

Pendant son mariage, le chef de l’Etat est apparu à plusieurs témoins moins heureux qu’on aurait pu l’imaginer. Il était même particulièrement tendu lorsque Catherine Pégard, à l’issue de la cérémonie, lui a soumis un communiqué. Il l’a renvoyé dans les cordes : “Pas besoin de communiqué, tous ces cons, j’en ai rien à foutre” lui a-t-il lancé.

Aujourd’hui, l’entourage de Sarkozy voudrait lui déconseiller d’emmener Carla avec lui en Guyane, là où avaient été médiatisées ses retrouvailles provisoires avec Cécilia, mais personne n’ose le lui dire de front. “Sur ces sujets, il est dans sa bulle, il n’écoute pas, dit un proche. Pire, il ne veut rien entendre”.

AR Le Nouvel Observateur

Proud (to be) or not?

petra2.jpg

Spring is like a perhaps hand
(which comes carefully
out of Nowhere)arranging
a window, into which people look(while
people stare
arranging and changing placing
carefully there a strange
thing and a known thing here)and

changing everything carefully

spring is like a perhaps
Hand in a window
(carefully to
and fro moving New and
Old things,while
people stare carefully
moving a perhaps
fraction of flower here placing
an inch of air there)and
without breaking anything.

E.E. Cummings

Postado por Luis Favre

Tiranos

capa_pag12.jpg

EMPEZO EN CORRIENTES EL JUICIO ORAL A CINCO REPRESORES DE LA DICTADURA

NOTA DE TAPA

TIRANOSAURIOS

Página/12 en Corrientes:Los defensores de la dictadura, encabezados por Cecilia Pando, intentaron dificultar el inicio del primer juicio a los represores realizado en el interior del país tras la anulación de las leyes de impunidad. Hubo roces con defensores de los derechos humanos, pero no pudieron impedir la sesión

Pando comenzó su gira por el interior

Las mujeres de los represores, acompañadas por Cecilia Pando, encabezaron las provocaciones dirigidas a los familiares de las víctimas. Hubo incidentes dentro del juzgado y en la calle. En la audiencia se leyó la acusación, se reforzó la imputación por asociación ilícita y la imprescriptibilidad de los delitos.

http://static.pagina12.com.ar/fotos/20080206/notas/na05fo01.jpg
Los acusados: Rafael Barreiro, Juan Carlos Demarchi, Horacio Losito, Carlos Piriz y Raúl Alfredo Reynoso.
Imagen: Leandro Teysseire

Por Carlos Rodríguez
desde Corrientes

En un marco de tensión permanente entre los familiares y amigos de las víctimas –acompañados por integrantes de las organizaciones de derechos humanos– y un grupo de personas que apoyó de viva voz a los represores –entre las que destacaba la activista Cecilia Pando– se leyó ayer la acusación en el juicio oral por crímenenes cometidos durante la dictadura militar en el Regimiento de Infantería 9 de esta ciudad. Los acusados son el capitán retirado del Ejército Juan Carlos Demarchi, los coroneles Horacio Losito y Rafael Manuel Barreiro, el oficial de la misma fuerza Carlos Roberto Piriz y el gendarme Raúl Alfredo Reynoso, quienes estuvieron presentes en la sala para escuchar cómo se los incriminaba por la privación ilegal de la libertad y los tormentos sufridos por 15 de las decenas de personas que estuvieron cautivas en un galpón del RI-9 que funcionó como centro clandestino de detención. Se dijo que los cinco acusados presentes, el también imputado en ausencia general retirado Cristino Nicolaides, otros represores ya fallecidos y algunos que todavía no pudieron ser identificados por sus víctimas formaron “una empresa criminal creada por la dictadura militar” para desarrollar “una actividad delictiva en forma clandestina”. Es el primer juicio oral por violaciones a los derechos humanos durante la dictadura en el interior del país.

–¿A usted qué le parece este juicio?

–Me parece bien que la Justicia empiece a juzgar los crímenes cometidos en Corrientes por la dictadura militar.

–¿Qué crímenes? ¿Qué dictadura militar? Acá hubo una lucha contra el terrorismo subversivo. Además, esto no es Justicia, esto es un circo. Ellos (por los militares acusados de delitos de lesa humanidad) defendieron la patria y el juicio es un verdadero circo.

La que empezó el interrogatorio fue Patricia Mariño de Barreiro, la esposa del coronel Rafael Manuel Barreiro. A la mujer no le parecieron muy satisfactorias las respuestas de Página/12, pero no se amilanó en ningún momento, siguió con su prédica: “Yo lo que quiero es que se diga la verdad. Que se hable de todo, no de una sola parte. El periodismo sólo repite lo que dice el gobierno de turno, que sólo quiere condenar y humillar a los militares que defendieron la patria”.

Acompañada por sus cuatro hijos, la mujer comenzó temprano, en la calle, con sus voces de apoyo ante la llegada de los detenidos: “Tranquilo viejo”, “Fuerza Puchi”, “Viva la patria”, “Vamos Piriz”. Los gritos siguieron en la sala de audiencias, en cada cuarto intermedio. Los hijos de Barreiro levantaban los brazos, sin gritar, como si festejaran un gol virtual. Lo hicieron para “celebrar” el ingreso de los acusados al recinto.

En la calle, varios centenares de personas, movilizadas por Barrios de Pie y los organismos de derechos humanos, se plantaron sobre la calle Carlos Pellegrini al 900, detrás del vallado policial, para exigir justicia por las violaciones a los derechos humanos ocurridas en la provincia. Los familiares y amigos de los represores también hicieron lo mismo. Unas 70 personas, con rosarios y escarapelas a lo French y Beruti, entonaron el Himno Nacional y rezaron un Padrenuestro.

Los nostálgicos de la dictadura se mostraron agresivos ante la presencia de la diputada Victoria Donda, nacida en la Escuela de Mecánica de la Armada durante el cautiverio de su madre desaparecida, y trinaron por la presencia, en apoyo a las víctimas del terrorismo de Estado, de la monja Martha Pelloni, de las Madres de Plaza de Mayo-Línea Fundadora y del subsecretario de Derechos Humanos de Corrientes, Pablo Vassel. Los amigos de la represión contaron con el apoyo de Cecilia Pando, que poco menos quería “prohibir” el ingreso de Pelloni a la sala de audiencias. “Esta es una jornada de alegría, no hay que entrar en el juego de ellos”, respondió Victoria Donda.

Los cargos

En la acusación, que ahora será llevada en el juicio por los fiscales Germán Wiens, Jorge Auat y Flavio Ferrini, se hizo una larga exposición de argumentos tendientes a probar que los imputados conformaban “una asociación ilícita”. En ese sentido, se dejó sentado que hay “razones suficientes como para que se los condene por asociación ilícita agravada, en concurso real con privación ilegal de la libertad agravada, abuso funcional, aplicación de severidades, vejaciones, apremios ilegales y aplicación de tormentos”. En la imputación se dejó planteado que “dentro de una asociación lícita, en este caso el Ejército y otras fuerzas de seguridad del Estado, puede gestarse una asociación ilícita con el objetivo de cometer hechos delictivos como los cometidos en Corrientes”. De esa forma, la fiscalía se anticipó a contrarrestar argumentos que seguramente van a ser expuestos por los abogados defensores.

Del mismo modo, se citaron párrafos de fallos de la Corte Suprema de Justicia con definiciones técnicas acerca de cuándo corresponde aplicar la calificación legal de “asociación ilícita” y sobre todo acerca de la imprescriptibilidad de los delitos de lesa humanidad. Sobre el punto, se recordaron párrafos enteros del fallo del máximo tribunal en la causa contra el agente de inteligencia chileno Enrique Arancibia Clavel, condenado por el asesinato en Buenos Aires, en el año 1974, del general Carlos Prats y su esposa. En ese marco, las mayores imputaciones recayeron sobre el capitán Juan Carlos Demarchi, aunque también se hizo mención a la responsabilidad mediata, como jefe de la Brigada de Infantería 7, del general Cristino Nicolaides, quien estuvo a cargo de la Subzona de Seguridad 23, de la que dependía el RI-9 de Corrientes. Como Nicolaides está ausente por enfermedad, el tribunal omitió ayer la lectura de las partes que lo involucran en forma directa, para respetar su derecho de defensa en juicio. Ayer tampoco estuvieron en la audiencia sus abogados defensores.

El que debutó ayer en el juicio, como defensor de Demarchi, fue el abogado porteño Eduardo San Emeterio, quien arrancó demostrando que no se va a andar con chiquitas. Con un discurso propio de la dictadura, le pidió al tribunal, sin nombrarlas, que se retiraran de la sala de audiencias las dos representantes de las Madres de Plaza de Mayo-Línea Fundadora, Taty Almeida y Angela Boitano. El letrado alegó que los pañuelos de las Madres, a los que tampoco nombró como si hacerlo fuera pecado, tenían “un significado político”. El presidente del tribunal, Víctor Alonso, cortó en seco la intervención de San Emeterio: “No hay nada en la sala que tenga connotación política. Le ruego que no vuelva a interrumpir la audiencia con este tipo de intervenciones”.

La sala estaba dividida. De un lado, los familiares de las víctimas. Del otro, los amigos de los represores. Al finalizar la audiencia, la mujer de Barreiro y Cristina Losito, la esposa del coronel Horacio Losito, volvieron a manifestarse a los gritos. Recién allí el presidente del tribunal, Víctor Alonso, les advirtió por primera vez: “Si siguen alterando el orden, les voy a prohibir la entrada”. Las provocaciones siguieron en la calle.

“No hay que hacerles caso. Lo que les pasa es que están perdiendo los privilegios y la impunidad. Eso es algo que no pueden soportar”, comentó Martha Pelloni mientras se retiraba “feliz de que en Corrientes se empiece a hacer algo de justicia”.


Superterça mantém candidatura democrata embolada

MARÍA LUISA AZPIAZU

da Efe, em Washington

Se confirmaram os agouros. A Superterça colocou John McCain mais próximo da candidatura republicana, mas não conseguiu definir o panorama democrata, e a campanha entre Barack Obama e Hillary Clinton continua embolada. Na opinião de analistas, a confirmação de McCain como favorito é uma boa notícia para o Partido Republicano, pois permitirá, desde já, começar a unir forças em torno de McCain, e convertê-lo logo em um candidato forte para as eleições presidenciais de novembro.


Charles Dharapak/AP
Em discurso no Arizona, John McCain agradeu apoio da mulher e da mãe
Em discurso, o veterano da Guerra do Vietnã John McCain agradeu apoio da mulher e da mãe

O senador por Arizona terá de se esforçar para conseguir que o partido como um todo respalde sua candidatura, especialmente os mais conservadores, que o vêem como um republicano atípico e, desde seu ponto de vista, “demasiado liberal”. A vitória desta noite, sem dúvida, lhe dará mais tempo para consegui-lo.

A situação para os democratas é mais problemática. A Superterça demonstrou que Obama e Hillary seguem em uma disputa corpo-a-corpo que, no momento, parece difícil de acabar.

Os analistas coincidem em destacar que os candidatos, um negro e uma mulher, estão polarizando o voto democrata com critérios raciais e de gênero, algo que nunca antes havia sido tão claro em uma campanha eleitoral. Obama tem um forte apoio entre os negros –80% votam no senador por Illinois. Enquanto Hillary conta com forte respaldo da comunidade hispânica, de cerca de 60%.

Califórnia

A Califórnia, como era de esperar, foi o principal Estado da jornada, não só por seu grande número de delegados em ambos os partidos, senão também pelo grande papel que o Estado tem na vida política e cultural do país –o que leva os analistas a considerarem a vitória na Califórnia como chave.

Mas o número de delegados concedido a cada candidato na prévia do Estado é proporcional ao número de votos recebidos na disputa. Portanto, as vitórias de Hillary e McCain, ali, são parciais.

Mike Segar/Reuters
Para Hillary Clinton, vitórias mostram que americanos querem líder com experiência
Para Hillary Clinton, vitórias mostram que americanos querem líder com experiência

Não obstante, Thomas Mann, analista político da Instituição Brookings, afirmou na terça-feira que “o vencedor da Califórnia pode considerar-se um candidato líder na campanha”, ainda que isso “não queira dizer que seja automaticamente o vencedor das primárias”.

Para Mann, a vitória na Califórnia dará um impulso importante a Hillary e a McCain antes das próximas prévias a serem realizadas até junho.

A noite, no entanto, trouxe poucas surpresas. No lado republicano, enquanto a jornada colocou McCain em posição de liderança, foi a ruína para o ex-governador de Massachusetts Mitt Romney, que a partir de agora já não segue o favorito McCain tão de perto. Romney só ganhou onde era óbvio: Massachusetts, o Estado onde foi governador, Utah, o Estado mórmom por excelência, em que serviu como membro desta religião, e Dakota do Norte, Minesota, Montana e Colorado.

Rick Bowmer/AP
Em Chicago, Barack Obama disse que é o candidato da mudança
Barack Obama se apresenta como o candidato da mudança

No entanto, Romney afirmou que segue em campanha e disposto a ganhar. Mas a vantagem do senador por Arizona deixa o candidato mórmom sem possibilidades de aspirar à Casa Branca.

Em igual posição encontra-se Mike Huckabee, ex-governador de Arkansas e candidato preferido da direita evangélica do país que, apesar de obter alguns resultados mais que dignos em vários Estados, não conseguiu se posicionar a frente de McCain.

Ron Paul, o peculiar congressista texano que se caracterizou por ir, mais ou menos, contra os poderes estabelecidos, e que realizou um campanha baseada em um alto nível de voluntariado, praticamente desapareceu na terça-feira do panorama eleitoral dos EUA.
No campo democrata, as regras do partidos para as prévias, que distribuem proporcionalmente seus delegados em função dos votos obtidos em cada Estado, se converteram nesta noite em parte do problema, pois impediram que as contagens dos votos proporcionassem a agilidade que demonstraram os republicanos. Em diversos Estados, a disputa republicana segue a regra do winner-takes-all [WTA], que atribui ao vencedor todos os delegados no Estado.

Obama-Clinton: le tourment continue

obama_hillary2.jpg

par Corine Lesnes, correspondante du “Monde” aux Etats-Unis depuis août 2002.

L’année du changement est en train de devenir l’année du tourment.
Pour les démocrates, rien n’est décidé.
Clinton ? Obama ? Le suspense continue.
Pour certains, c’est l’angoisse.
L’autre jour, la télé a montré une Californienne. Elle n’arrivait pas à décider.
- “J’y pense tous les jours“.

Bill Richardson (barbu, il fait son coming out latino…) a raconté ce que son voisin de bureau de vote lui a dit, deux secondes avant d’entrer dans l’isoloir:
- Je ne sais pas quoi décider

La nomination démocrate a pris un tour passionnel.
Irrationnel.
L’autre jour Maria Shriver a entendu un “appel” en se levant.
Elle s’est précipitée, pas coiffée, sur l’estrade où Ophrah officiait pour Barack Obama.
-
Yes we can

Le ”white male” avait cela de bon, finalement.
C’était tellement banal.
On se posait moins de questions.
Là, chacun est renvoyé à des histoires personnelles.
Avec Hillary, c’est le rapport à sa maman (pas étonnant que les hommes aient tant de mal).
Ou les rapports de couple (elle aurait du le quitter; elle a bien fait de rester..)
Ou le rapport à l’”executive woman”.
C’est beaucoup plus compliqué, finalement, une femme (ou une “mère” ) candidat.
D’ailleurs Hillary ne s’est pas privée de citer sa maman.
- “Mom was born before women could vote and she’s watching her daughter on stage tonight”

Il y a quand même des éléments chiffrés.
Hillary gagne chez les gens modestes.
Elle est très démocrate, en fait.

Ce soir, Barack a parlé de manière un peu automatique.
Il a repris sa formule de la Caroline:
-”Ce qui a commencé dans les neiges de l’Iowa”…
Mais en l’adaptant à la suite des événements:
- “Ce qui a commencé comme un murmure à Springfield”

Cela devient un peu répétitif, ce soulèvement collectif de la foule, sous l’effet de mots.
Mouvement.
Change.
- “Our time has come. Our movement is real”.
C’est curieux cet effet “prêche”.
Il parle et les spectateurs reprennent:
- “Yes we can”

Mitt Romney utilise le même procédé.
Lui c’est pour dire que Washington n’a rien fait.
Il égrène tout ce que “they” les républicains n’ont pas fait.
Et l’audience répond:
- “They haven’t“!
Le meilleur système éducatif du monde ?
- “They haven’t

Au bout du compte, le verdict de Bill Kristol.
- “On est revenu à la situation d’il y a un an. Avec deux favoris: McCain et Hillary”.

USA: Diverging Paths for Two Parties

Published: February 6, 2008
The New York Times

The Republican and Democratic presidential contests began diverging Tuesday, leaving the Democrats facing a long and potentially divisive nomination battle and the Republicans closer to an opportunity to put aside deep internal divisions and rally around a nominee.

The differing situations for the Republicans and Democrats have clear implications for both parties as they begin to move from the nomination battle toward the general election.

On the Democratic side, Senators Hillary Rodham Clinton and Barack Obama seem likely to continue their state-by-state struggle, after a night of tit-for-tat division of states and delegates, though Mrs. Clinton claimed the formidable prize of California.

But after months of disarray, Republicans seemed closer to coalescing around Senator John McCain of Arizona. As Mr. McCain logged victories in populous states, including California, and added more delegates to his count, he moved nearer his goal of wrapping up his competition with Mitt Romney of Massachusetts. A third Republican candidate, Mike Huckabee of Arkansas, underlined Mr. Romney’s weakness by posting a series of victories, in a performance that highlighted the discomfort social conservatives have with the field.

Mr. Huckabee’s relatively strong showing was both a blessing and a curse for Mr. McCain, though perhaps more of a blessing. It injected a small note of uncertainty into the Republican race, and potentially delayed the day when Mr. McCain would have the stage to himself. But Mr. Huckabee appeared to drain votes primarily away from Mr. Romney, contributing to his overall weak showing on this night.

This split in the road for Democrats and Republicans should — if and when Mr. McCain can claim his party’s nomination — be a welcome development for Mr. McCain, who would have time to begin quelling doubts about him among conservatives.

James C. Dobson, a longtime conservative leader, greeted Mr. McCain on primary day with a statement announcing that he would under no circumstances vote for Mr. McCain in November. In many states, the vote total for Mr. McCain’s main opponents — Mr. Romney and Mr. Huckabee, a Baptist minister — easily outweighed his own. Mr. Huckabee’s strong showing was all the more notable for the shoestring nature of his campaign, which has been limping along with little money and no victories since his win in the Iowa caucuses at the beginning of last month.

It is hard to see how Mr. McCain can be a strong general-election candidate — particularly going up against a Democratic Party so energized — without the support of the party’s conservative wing. Assuming Mr. Huckabee is unable to wound Mr. McCain as he wounded Mr. Romney, the results on Tuesday could give Mr. McCain time now to begin trying to repair breaches. The riveting competition between Mrs. Clinton and Mr. Obama could provide Mr. McCain some cover as he deals with this peacemaking.

The picture is decidedly less auspicious for the Democrats. These were the first head-to-head contests between Mrs. Clinton and Mr. Obama since John Edwards of North Carolina dropped out, and the results suggest that Democrats are fracturing along gender and racial lines as they choose between a black man and a white woman.

Surveys of voters leaving the polls suggested a reprise of the identity politics that has so long characterized — and at times bedeviled — Democratic politics. Black voters overwhelmingly supported Mr. Obama, suggesting an end to a period in which Mrs. Clinton could remain competitive with Mr. Obama for the support of that segment of the Democratic electorate.

Women went, by large margins, to Mrs. Clinton. But in one development that augurs well for Mr. Obama, white men — who had largely voted for Mr. Edwards before — appeared to be heading in his direction. And young voters also went overwhelmingly for Mr. Obama, suggesting a generational divide.

Tough nominating fights can be debilitating for parties. Mike Murphy, a Republican consultant, noted the financial advantage that Mr. Obama had going into the weeks ahead and said that Mrs. Clinton might well be tempted to fight back in a way that could leave the party polarized and provide an opening for Mr. McCain.

“This could put Hillary into a corner,” Mr. Murphy said, “and if she tries a real negative campaign, it could split the party and be a hangover in a general election.”

But the history of their contest — and the sensibilities displayed by Mr. Obama and Mrs. Clinton — suggests that would not necessarily be the case.

The most bitter period of their campaign was in South Carolina, when Mrs. Clinton and former President Bill Clinton repeatedly challenged Mr. Obama’s credentials and credibility. But after signs of backlash, she scaled back, and since then, the two have expressed their differences for the most part with fewer sharp edges. Should that tone continue, this contest may end without the bitterness Republicans were hoping for.

Finally, whatever the passions of Mr. Obama’s and Mrs. Clinton’s supporters — and by every measure, their passions are about as high as they ever get in politics — Democrats have throughout this year been unified by the intensity of their desire to win back the White House after eight years of President Bush.

And that, more than anything else, may continue to be the best thing Democrats have going as they enter this potentially turbulent period.

Robin Toner contributed reporting.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Outros carnavais

O YouTube de Deus

2521414426.1202230822.jpg
capt_6c35c5363c6c45b2965612030044fc44_democrats_debate_cats136.1201839189.jpg

Uma pesquisa interessante. Segundo o canal cristão chamado de God-tubers, uma espécie de YouTube de Deus, os cristãos estão virando casaca. Nada menos que 49% votaria em Hillary Clinton e Barack Obama para presidente. É bom lembrar que ambos candidatos são em favor do direito ao aborto e da união de pessoas do mesmo sexo.
God-tubers

L'image “http://m1.2mdn.net/viewad/1722456/gt_pwallanswers_728x90.gif” ne peut être affichée car elle contient des erreurs.

Juntos na fila para votar, até em Paris

usa_paris_voters.jpg
American voters in Paris waiting to cast ballots in the Democratic primary.

Photo: Owen Franken for The New York Times


Aguardando, sem saber ainda o rumo



Les élèves britanniques iront visiter le camp d’Auschwitz

Pour que les élèves britanniques n'ignorent pas l'Histoire, deux voyages vont être organisés par le ministère du Royaume-Uni pour visiter le camp d'Auschwitz, en Pologne. | ANTONIO REAL/GAMMA
ANTONIO REAL/GAMMA
Pour que les élèves britanniques n’ignorent pas l’Histoire, deux voyages vont être organisés par le ministère du Royaume-Uni pour visiter le camp d’Auschwitz, en Pologne.

Pour que les jeunes générations n’ignorent rien du génocide des juifs perpétré par les nazis, le ministère de l’éducation du Royaume-Uni a annoncé, lundi 4 février, le financement d’un voyage pour deux lycéens de chaque établissement scolaire au mémorial d’Auschwitz-Birkenau, à Oswiecim (Pologne). Accompagnés de survivants des camps d’extermination, les élèves de “sixth form” - équivalent de première et terminale - se rendront pendant une journée dans ce lieu où furent exterminées un million de personnes. Pour les 6 000 à 8 000 lycéens sélectionnés chaque année, la visite comprendra l’obligation de participer à des conférences préparatoires, puis à des comptes rendus devant les autres élèves. Le ministre adjoint de l’éducation, Jim Knight, s’est engagé à prendre en charge les deux tiers du coût du voyage, soit environ 260 euros par personne, la différence restant à la charge des établissements scolaires. Le dispositif, qui fonctionnait à titre expérimental depuis 2006, sera financé au moins jusque 2011.

En France, l’association Le Mémorial de la Shoah emmène chaque année plusieurs milliers de lycéens de première et de terminale à Auschwitz, sélectionnés en fonction du projet pédagogique de leur établissement. Vingt-quatre classes prennent part à l’opération en Ile-de-France, et neuf académies de province y participent par roulement. LE MONDE

Ausencias (ausências)

La misma situación,
con treinta años de diferencia.
En el medio, el horror de la dictadura
Página12
Por Oscar Ranzani

Catorce historias de vida componen la muestra Ausencias de Gustavo Germano. Catorce historias fotográficas de seres desgarrados de la vida por patrullas y grupos de tareas que nunca entendieron el significado de la vida, despreciaron su valor y por eso jugaron con la muerte de 30 mil almas. Esas mismas almas que, a pesar de la ausencia, permanecen muy presentes en la memoria y el corazón de quienes crecieron y convivieron con ellos y con buena parte de la sociedad que entendió la importancia de gritar ¡Nunca más! “Cada una de las historias que forman parte de Ausencias es una historia en sí misma y es, a la vez, todas las historias”, señala Germano, antes de hablar de algunas de las que componen la muestra.

Una de ellas es la de la familia Amestoy, asesinada el 19 de noviembre de 1976 en la masacre de la calle Juan B. Justo, en San Nicolás de los Arroyos (Buenos Aires). Omar Darío Amestoy era un militante social en barrios vulnerables de Nogoyá (Entre Ríos). Fue asesinado junto a su esposa, María del Carmen Fettolini, y sus hijos María Eugenia, de tan sólo cinco años, y Fernando, de tres. La fotografía fue tomada un domingo de 1975. En ella están Omar y su hermano Mario Alfredo, que habían salido de paseo por el campo, con asado incluido. “Representa la brutalidad de una familia completa asesinada violentamente”, sostiene Germano.

Claudio Marcelo Fink fue secuestrado el 12 de agosto de 1976 en Paraná (Entre Ríos) y, posteriormente, desaparecido. Sus pasiones eran el automovilismo, el fútbol, la música y la política. En la foto está Claudio junto a su madre, Clara Atelman de Fink, en el comedor de la vivienda, escuchando la radio. “Hablé con Clara Fink cuando recién comenzaba a desarrollar el proyecto, la conocía de años, conocía su historia y su lucha por saber qué había sido de su único hijo. Es una mujer mayor, así que cuando empezamos la primera fase de producción de fotos en agosto de 2006 (cuando recién contábamos con la ‘certeza’ de unos pocos casos) decidí no llamarla para hacer la foto, dado su delicado estado de salud y pensando en lo duro que era exponerse a rememorar esos instantes”, relata Germano. Sin embargo, “ella sabía que estaba en la ciudad y tomó la iniciativa de llamarme porque ella quería hacer la foto. Cuando llegué a su casa, tenía varias fotos del álbum preparadas sobre la mesa, junto a ellas había puesto la misma radio, el mismo frutero que hace 30 años”, recuerda el fotógrafo.

Orlando René Méndez era oriundo de San Salvador (Entre Ríos) y Leticia Margarita Oliva era de Plaza Huincul (Neuquén). Ambos se casaron el 3 de abril de 1970 en La Plata. Su hija única, Laura, nació en 1975. Orlando fue secuestrado el 21 de octubre de 1976 cuando iba a una reunión de la agrupación Montoneros. En sus brazos, llevaba a Laura, de 11 meses. Orlando llegó muerto a la ESMA y su hija fue abandonada en la Casa Cuna y rescatada por su madre. Leticia fue secuestrada el 27 de diciembre de 1978, dos años después del secuestro de su esposo. Su hija de tres años presenció el operativo. En la foto está Laura junto a sus padres en casa de sus abuelos, días antes del golpe de Estado de Videla. “Una niña que con tan sólo tres años ya había sobrevivido al asesinato de su padre primero y al secuestro de su madre dos años después. Representa la continuidad de la vida por encima del horror”, reflexiona Germano.

Raúl Alberto Ramat tenía 27 años cuando fue asesinado el 11 de junio de 1976 en Campana. “La represión en Argentina, si bien fue masiva e injustificable, no puede decirse que haya sido indiscriminada. Tenía un claro objetivo social y político –señala Germano–. La mayoría de las víctimas eran personas con algún tipo de militancia social o política que se identificaban con alguna forma de compromiso social e ideológico. En el caso de Raúl Ramat ni tan siquiera tenían ese ‘argumento’, Raúl no era militante, lo asesinaron no bien abrió la puerta de su casa cuando llamaron a la puerta, frente a su mujer embarazada (a quien golpearon brutalmente) y sin saber si era él la persona a quien buscaban.” En la foto, Raúl está junto a su futura esposa en la vivienda de su hermano. La fotografía fue tomada el 28 de diciembre de 1973 cuando su hermano Manuel y Blanca Fernández (ambos también presentes en la foto) se habían casado.

Silvia Ester Bianchi y su marido fueron asesinados por la espalda el 21 de agosto de 1976. “Una mujer embarazada de nueve meses (ése día debía dar a luz), que es asesinada por la espalda cuando corre por la calle intentando ponerse a salvo del cordón policial supera toda capacidad de comprensión, es pensar en lo impensable”, dice Germano. En la foto, Silvia está junto a su amiga y vecina Ramona en la puerta de su casa.

Vai-Vai, campeã do carnaval paulistano


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Em 4 de fevereiro nascia o poeta Jacques Prévert

O autor de "Palavras"(Paroles)


"Embauché malgré moi dans l’usine à idées
J’ai refusé de pointer
Mobilisé de même dans l’armóc des idées
J’ai déserté"
J.Prévert

Empregado contra a vontade na fábrica de ideias
Recusei-me a marcar o ponto
Mobilizado mesmo assim para o exército das ideias
Eu desertei



«Notre Père qui etes aux cieux,... Restez y !
et nous,
nous resterons sur cette terre
qui est parfois si jolie. »
J. Prévert


Pai nosso que estais no céu…Ficai por lá!
Que nós,
Nós continuaremos na terra
Que por vezes é tão bonita.


Jacques Prévert, poeta francês (n. Neuilly-sur-Seine, 1900 - m. Ormonville-a-Petite, 1977), e um dos expoentes da literatura francesa, tem agora finalmente o seu livro Paroles traduzido para português nas edições Sextante com tradução de Manuela Torres

Poeta, surrealista, guionista, escritor de diálogos e de contos infantis, o seu talento desdobrou-se por múltiplos géneros e sempre com geral admiração. Foi um assumido e visceral poeta libertário, cultivador da liberdade e do espírito de revolta, a cujo humor corrosivo não escapava nenhum símbolo burguês, seja ele o clericalismo, o militarismo ou a moral hipócrita. ( um dos seus poemas mais corrosivos é "Tentative de description d'un dîner de tête à Paris-France”, de 1931.

A publicação do seu livro de poemas Paroles em 1946, constituiu um marco importante que mereceu o geral reconhecimento público, tendo então ingressado no colegio da patafísica, onde alcançou o grau de sátrapa em 1953.

Para além de representar a vida parisiense, as suas ruas e gentes, a cultura popular e boémia, a sua obra revela um empenhamento pelas causas sociais, pelo pacifismo e pela liberdade, identificando-se com o anarquismo e as ideias libertárias.

Jacques Prévert parece falar quando escreve. É um homem da rua e não da literatura de salões e de bibliotecas. Encontra a poesia por todo o lado que passa, ao virar da esquina ou nuns simples lábios.
A sua poética é des-respeituosa para com todos os conformismos e mostra-se delirante sobre as coisas simples da vida. São celebrações libertárias e improvisações de humor crítico e corrosivo.

Em 1930 rompeu com André Breton - representante máximo dos surrealistas - demasiado autoritario para o seu gosto, afastando-se igualmente do partido comunista onde nunca, de resto, chegou a militar, abraçando então assumidamente as ideias libertárias do anarquismo. Contra as pretensas virtudes o velho patriotismo, Prévert sempre se manifestou o seu declarado antimilitarismo e pacifismo que não admitia qualquer concessão.


Escreveu também vários guiões para cinema, em especial para o realizador Marcel Carné, entre as quais se encuentra Drôle de drame (1937), Le jour se lève (1939) e a mais famosa, Les enfants du paradis (1945).
Muitos dos seus poemas são cantados pelas figuras mais importantes da Chanson francesa e seleccionados para servir de lectura e estudo nas escolas de francês em todo o mundo.


Os seus poemas tratam geralmente do quotidiano de uma grande cidade como é Paris, dedicando-se a realizar contínuo jogos de palabras, e reinventando musicalmente a linguagem poética numa singular demonstração da sua capacidade imaginativa e inspiração poética.
Ligado ao surrealismo, mas mantendo a sua independencia e especificidade, a sua poesia está recheado de imagens e recursos literários que nos dão a ver uma naturaleza fluída e uma composição heteróclita de objectos e pessoas.

Nos seuscontos infantis, como O Pequemo Leão, Cartas desde as ilhas Baladar, Contos para crianças más, A pastora e outros ( já anteriormente traduzidos para português), Prévert mostra que sabe manejar com sensibilidade e maestria a rebeldia do eterno insubmisso que existe na criança e no jovem. Do Blog Pimenta Negra






Les feuilles mortes


musique: Joseph Kosma, paroles: Jacques Prévert, interprete pour la premiere fois par Yves Montand en 1946)

C'est une chanson, qui nous ressemble
Toi tu m'aimais et je t'aimais
Nous vivions tous, les deux ensemble
Toi que m'aimais moi qui t'aimais
Mais la vie sépare ceux qui s'aiment
Tout doucement sans faire de bruit
Et la mer efface sur la sable les pas des amants désunis

A euforia com Strauss-Kahn

Vale a pena ler o artigo de Ribamar Oliveira. Ele acerta quando afirma que a situação hoje no Brasil não pode ser equiparada à da crise nos EUA e que aplicar as mesmas receitas (keynesianas) aqui seria contraproducente. Porém ele deixa de explicar por que, nos períodos de recessão ou quase, no Brasil ou em qualquer outro país, incluso europeu, o FMI apregoou redução do gasto público, redução do endividamento, venda do patrimônio público e condenou toda e qualquer política keynesiana. Agora nos EUA todos aplaudem a intervenção estatal e uma injeção de recursos públicos para evitar a recessão. Trata-se sim de uma reviravolta, aliás bem-vinda. LF

Ribamar Oliveira

O ESTADO DE SÃO PAULO

Não é todo dia que se pode ler ou ouvir uma autoridade do Fundo Monetário Internacional (FMI) aconselhar os países a ampliar seus gastos públicos para ajudar a evitar uma recessão mundial. Foi isso o que fez o diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, há alguns dias em Davos, na Suíça, e em artigo publicado recentemente pelo Financial Times e reproduzido pela Folha de S. Paulo.

A proposta de Strauss-Kahn foi recebida com entusiasmo por setores do governo brasileiro, como se o diretor do FMI estivesse, implicitamente, reconhecendo a justeza da política fiscal do País. Como é do conhecimento de todos, os gastos públicos no Brasil crescem sem parar, em ritmo superior ao da economia, há mais de 12 anos.

No ano passado, por exemplo, as despesas totais do Tesouro Nacional (menos o pagamento dos juros das dívidas públicas) cresceram 14,4% em termos nominais ou 9,5% em termos reais (descontada a inflação). A previsão de crescimento real da economia em 2007 é de 5,2%. O ritmo de expansão dos gastos foi, portanto, quase o dobro do crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB).

As despesas de custeio (excluídos o pagamento de salários do funcionalismo ativo e inativo e os gastos com benefícios previdenciários) aumentaram mais ainda: 16,6% em termos nominais ou 11,6% em termos reais. Os investimentos federais em 2007 aumentaram 21,1%, em termos reais.

A proposta de Strauss-Kahn surpreendeu porque o FMI sempre foi identificado como defensor intransigente da redução dos gastos públicos, do equilíbrio orçamentário, da redução da presença do Estado na economia e de uma política monetária comprometida com a manutenção de uma inflação baixa.

O receituário do FMI expressava o que ficou conhecido como “consenso de Washington”. A esquerda e os economistas menos ortodoxos passaram a identificar as teses do “consenso de Washington” com o neoliberalismo. A proposta de Strauss-Kahn soa diferente do receituário tradicional do Fundo e se parece mais com as teses defendidas pelos heterodoxos.

Em Davos e no artigo para o Financial Times, Strauss-Kahn alertou para o fato de que a política monetária do Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, pode não ser suficiente para evitar uma recessão da economia americana. Em menos de 10 dias, o Fed reduziu a taxa básica de juro dos EUA em 1,25 ponto porcentual para enfrentar a crise, e o mercado ainda aguarda novos cortes.

Strauss-Kahn acha que o corte dos juros pode não funcionar para estimular o investimento e o consumo da forma como ocorreria em situações normais. A razão é que os bancos sofreram perdas de capital com a crise do subprime do setor imobiliário americano e não querem agora correr novos riscos. Além disso, ele enfatiza que será difícil reverter uma recessão, se ela vier a ocorrer.

Por isso, o diretor-gerente do FMI propôs um estímulo fiscal para elevar a demanda agregada, de forma a sustentar o consumo durante a fase crítica. Strauss-Khan admitiu que o uso da política fiscal acarreta riscos, mas alertou para o fato de que a inação dos governos elevaria o risco de um desfecho ainda mais negativo.

Em síntese, Strauss-Kahn defendeu o uso da política fiscal de forma anticíclica, ou seja, como uma alternativa para sustentar a demanda global e evitar que o pior aconteça, ou seja, que a economia entre numa recessão mais séria, na qual milhões de trabalhadores perderiam o emprego.

O diretor-gerente do FMI repetiu apenas as teses formuladas inicialmente pelo economista inglês John Maynard Keynes no início do século passado. Para Keynes, a política monetária não funciona plenamente em situações de crise pois, por mais que o Banco Central reduza os juros, ninguém pode obrigar o cidadão a pedir um empréstimo.

O economista inglês dizia que, na crise, o público manifesta preferência pela liquidez. As pessoas preferem poupar do que se endividar. Com medo do que poderá acontecer, os bancos também preferem ficar líquidos.

Por causa disso, Keynes aconselhava os governos a adotar uma política fiscal mais ativa, com elevação dos seus gastos e com redução dos impostos, ou seja, algo parecido com o que está propondo agora o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush.

Esse estímulo fiscal, segundo Keynes, ajudaria a sustentar a demanda e a evitar o pior. A política fiscal anticíclica é, portanto, baseada nas teorias de Keynes e já foi adotada em outras crises econômicas, como na grande depressão pós 1929.

Os setores do governo Lula que ficaram eufóricos com a proposta de Strauss-Kahn devem observar que a situação do Brasil é inteiramente diferente da vivida pelos Estados Unidos. O problema brasileiro é de demanda superaquecida, o que está pressionando a inflação, segundo avaliação do próprio Banco Central.

A execução de uma política fiscal anticíclica implicaria, no caso brasileiro, redução dos gastos públicos e não no inverso. Durante as fases de crescimento acelerado da economia, a política fiscal anticíclica recomenda a elevação do superávit primário (ou seja, da poupança governamental). Em situações de recessão, o contrário ocorreria, ou seja, redução do superávit para estimular a atividade econômica.


domingo, 3 de fevereiro de 2008

"Educação, CEU e Cidade"



Seminário e Lançamento do livro “Educação, CEU e Cidade – breve história da educação nos 450 anos da cidade de São Paulo”. O livro foi feito durante o ano de 2004 e tem duas partes: a primeira sobre a história da educação e a segunda sobre o CEU, com depoimentos dos gestores, dos técnicos e da comunidade. Todos os primeiros 21 CEUs aparecem e no livro são abordados os aspectos da implantação dos mesmos.

O livro é um registro sobre todo o processo de criação e implantação dos Centros Educacionais Unificados na cidade de São Paulo, cujo conceito esta sendo adotado em várias partes do mundo e no Brasil.

Quem quiser ir no seminário não esqueça de enviar email confirmando para mazarattini@yahoo.com.br. São só 150 vagas. O lançamento será aberto.

Depois do lançamento o livro será enviado para cada escola municipal e bibliotecas e estará sendo vendido em livrarias.

Repassem o convite para todas as pessoas que vocês conheçam que participaram dessa experiência ou para aqueles que queiram conhecer mais sobre os conceitos do CEU.

Educação, CEU
e Cidade
S e m i n á r i o
e
L a n ç a m e n t o d o L i v r o
1 8 F e v e r e i r o 2 0 0 8
F U N A R T E
OG DÓRIA e MARIA APARECIDA PEREZ (org)

Obama, Clinton Are Even In Poll

obama_hillary3.jpg

McCain Now Clearly GOP’s Front-Runner After Primary Wins

Washington Post Staff Writers
Sunday, February 3, 2008; Page A01

Sens. Hillary Rodham Clinton (N.Y.) and Barack Obama (Ill.) are running roughly even nationally as the battle for the Democratic nomination heads into Tuesday’s big round of primaries and caucuses, while Sen. John McCain (Ariz.) has jumped to a dominating lead over his remaining rivals in the Republican race, according to a new Washington Post-ABC News poll.

Two days before voters in 24 states go to their polling places, 47 percent of likely Democratic voters said they back Clinton and 43 percent said they support Obama, with neither candidate decisively benefiting from the departure of former senator John Edwards (N.C.) from the race. By contrast, McCain’s wins in primaries in South Carolina and Florida and the winnowing of the Republican field have had a dramatic result: The senator from Arizona is now the clear front-runner for his party’s nomination.

McCain leads former Massachusetts governor Mitt Romney 48 percent to 24 percent among probable GOP voters as he continues to rapidly consolidate support, particularly among moderates and liberals. Former Arkansas governor Mike Huckabee runs third in the new poll with 16 percent, and Rep. Ron Paul (Tex.) is fourth at 7 percent.

The Democratic and Republican hopefuls have been furiously crisscrossing the country seeking out votes in advance of Super Tuesday. More primaries and caucuses are being held on Feb. 5 than on any previous single day in a nominating contest; about half the delegates needed to secure each party’s nomination are at stake.

McCain’s big lead in this new national poll matches a wave of increasing support seen in state polls, which, coupled with the GOP’s winner-take-all rules, gives him the opportunity to effectively wrap up the nomination with a strong showing Tuesday.

The Democratic contest is likely to keep going.

Democratic delegates are doled out based on complex formulas, with candidates picking up backers based on their performance within states and within congressional districts. The new poll underscores how competitive the race continues to be since Clinton and Obama split the first four sanctioned contests of the year. Clinton’s four-percentage-point edge in the survey is about the same as it was three weeks ago and does not constitute a significant lead, given the poll’s margin of sampling error.

The basic fault line between Clinton and Obama remains leadership and experience versus a new direction and new ideas. And since Edwards’s exit on Wednesday, both candidates have worked relentlessly to remind voters of their apparent strengths. Three-quarters of voters who prioritize a solid r¿sum¿ said they back Clinton; 70 percent of those seeking a change-oriented candidate said they support Obama.

While Clinton has the edge on the issues voters say are most important to them, and enjoys a wide lead on the question of who is a stronger leader, Obama now holds a seven-percentage-point advantage as the candidate who would do the most to bring needed change to Washington.

And Clinton’s once-sizable lead as the Democrat with the best shot at winning the White House has shrunk significantly; in the new poll, 47 percent said she is the most electable, while 42 percent said Obama has the better chance. In hypothetical general-election matchups, both Democrats run neck and neck with McCain, and both lead Romney by double digits.

McCain outperforms Romney in the general-election tests because he picks up significantly more support among independents and political moderates. These groups have been crucial to the senator in early-state caucuses and primaries, and his biggest gains in this poll came among them.

Among GOP voters who are politically moderate and liberal, McCain has a whopping 51-point advantage over Romney in the new poll, while conservatives divide 37 percent for McCain, 29 percent for Romney and 19 percent for Huckabee. Moreover, most of McCain’s improvement since mid-January is among moderates and liberals; he is up 28 percentage points in this group, while he and Romney have both climbed 12 points among conservatives.

McCain has taken control of the GOP race by picking up mainline Republican supporters as well. Nearly half of self-identified Republicans now support him, up nearly fourfold from December. He appears to have benefited from the decisions by former New York mayor Rudolph W. Giuliani and former senator Fred D. Thompson (Tenn.) to quit the race. Both Giuliani, who has endorsed McCain, and Thompson appealed to many of the voters McCain now counts in his camp.

Two-thirds of Republicans and GOP-leaning independents saw McCain as the party’s strongest general-election candidate, and about three in five described him as the strongest leader. He also now has a double-digit advantage over Romney on the question of who best represents the core values of the party. On this measure, he is up 14 points from three weeks ago.

While moderates and liberals have coalesced around McCain as the GOP standard-bearer (56 percent said he best reflects party values), conservatives are less than fully convinced. Among those who describe themselves as “very conservative,” 34 percent said Romney best embodies GOP values, and 25 percent said McCain.

McCain also leads on all five issue areas tested in the poll, with overwhelming advantages on national security issues (69 percent call him tops on Iraq; 67 percent on terrorism). He has double-digit advantages over Romney on the economy and immigration, and leads both Romney and Huckabee on social issues. About four in 10 Romney supporters said McCain is better on Iraq and terrorism.

For all his advantages, however, McCain does not enjoy the kind of enthusiastic support that Clinton and Obama have among their voters. Thirty-eight percent of his backers said they strongly support him. And among those Republicans who are most closely following the GOP race, he and Romney are running essentially even.

On the Democratic side, Clinton’s supporters are more enthusiastic than Obama’s, with three in five of hers saying they strongly support her candidacy, compared with roughly half of his who said they back him strongly.

In addition to the experience-versus-change dynamic, gender and racial differences continue to define the Democratic contest. Women support Clinton over Obama by a 15-point margin (53 to 38 percent), while men back Obama by a 10-point margin (50 to 40 percent).

Among white Democrats and Democratic-leaning independents, Clinton is favored 52 percent to 38 percent, while Obama leads among black voters 62 percent to 30 percent. White men are evenly divided between Clinton and Obama, though white women back Clinton by more than 20 percentage points.

As he did in early-state voting, Obama continues to hold an advantage among independents nationally. He also does better among liberals, particularly among those who said they are “very liberal,” than among moderates or conservatives. Clinton still leads among those with family incomes of under $50,000 and those without college degrees. Obama has a better than 2 to 1 advantage among those with post-graduate degrees.

Democrats continue to give Clinton higher marks on key issues. She holds big leads over Obama on health care and the economy and a narrower edge on Iraq. The two run about evenly on immigration.

But it is the economy that has become a defining issue of the campaign on both sides. Twice as many people now called it tops as said so about Iraq, and no other issue reached double digits. About four in 10 Democrats, Republicans and independents called the economy and jobs the election’s single most important concern.

The poll was conducted by telephone Jan. 30 to Feb. 1, among a random national sample of 1,249 adults. The sample of Democrats and Democratic-leaning independents has a margin of sampling error of plus or minus four percentage points; the margin of error is five points among Republicans and GOP-leaning independents.

Polling analyst Jennifer Agiesta contributed to this report.